domingo, 22 de agosto de 2010

Nesses dias terei esperança de que você também sinta uma saudade incontrolável de mim.




Eu não preciso de você,
nem pra andar e nem pra ser feliz, 
mas como seria bom andar e ser feliz ao seu lado.
(Tati Bernardi)


Há algumas horas, tenho conformado meu coração, para que eu consiga estar preparada e ao chegar naquela porta, eu respire fundo e engula o choro pois com certeza sentirei medo e meu coração irá apertar forte. Vou sentir sua falta. Vou subir as escadas e passar pelo seu andar, com o coração e os olhos fechados, para que minha mente não traga nossas lembranças, nossos desajeitos. Mas sei que um flash back, vai acontecer. Vou lembrar das nossas conversas sem fim, do poste e da sua amiga imaginária, de quando você me dava remédio quando eu estava com dor de cabeça, da sua casa, das suas brincadeiras, dos seus abraços, dos seus beijos, do cheiro do teu perfume (já senti teu perfume, pelos corredores do prédio, mesmo quando tu não estava lá e confesso, doeu um pouco.), da sua companhia, do seu sorriso e da sua cara de segundas intenções. Tu nunca me fizeste promessas (obrigada), assim não pude criar mais expectativas do que o normal. Agora que tu vais outra vez e dessa vez vai ser para sempre, eu vou ter que me acostumar com a idéia de não te ter mais, em hipótese nenhuma. Me acostumar, que tudo passou que um ciclo se encerrou mais uma vez. Agora, que não tem mais volta, te falo uma coisa: sempre, tive vontade de te conhecer melhor, exatamente há dois anos, naquela fila de supermercado, eu já tinha vontade de ser qualquer coisa tua. Conheci, e sou muito feliz por isso, algo que parecia estar distante, ficou bem mais perto do que eu imaginei. Mesmo que não tenha sido tão perfeito, foi com certeza inesquecível. Já estou com o coração apertado, imagine quando eu der de cara com a cena, a nossa cena. Vou desejar cada milímetro do seu corpo, quando eu ver a sua casa, quando eu ver as pessoas que tu andavas, quando eu não te ver "quebrando" a minha porta de madrugada, quando eu estiver assistindo um filme de ação e eu ficar com medo ou coisa parecida, que não tiver você do meu lado para dizer: " tu ainda não viu nada, o pior ainda vem", teu jeito de falar era tão engraçado que passava meu medo e me fazia sorrir.  Querendo ou não, nós fazemos parte um do outro, mesmo que seja uma parte pequena e breve, mas fazemos. Agora, vou ter que te esquecer, ter que abrir meu coração. Não que seja tão difícil te esquecer, mas é complicado. O fato é que vai ser difícil esquecer a situação, enquanto eu estiver vivendo ela. Só vai ser difícil porque virou uma rotina, porque nós nos viamos todos os dias. É costume, me acostumei com você.  Eu gostava das suas besteiras, das ligações e dos seus gritos. Creio que esse seja o último texto falando de você, quero evitar recordações, o que não é pra ser deixa pra lá. Pra ser sincera, eu não vou te esquecer e muito menos apagar tudo isso. Vou estar aqui, para que no dia em que você volte, possamos fazer nossa festa de volta às aulas e tomar uma coca-cola de madrugada, cada um contando sobre sua vida. Mas que fique bem claro, eu gostei de tudo, eu gostei de conhecer melhor você. Se cuida, e seja muito feliz. E quem diria não é? A menina besta e metida, enfim abriu seu coração.

2 comentários:

  1. Tive que favoritar esse blog! Pra começar adorei a música, mpb me acalma. E achei super legal a combinação com esse texto, super fofo. Ter que esquecer sempre é muito complicado, não é mesmo? Parabéns, estarei sempre aqui!
    Ah, obrigada por passar no meu blog. Beijos

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  2. Saudade é bichinho que corrói mesmo a gente por dentro...e dói tanto!
    Bom que vc me encontrou...muito bom podermos trocar experiências com quem sabe exatamente o que passamos.
    Venho sempre aqui agora, viu?
    Beijo, querida!

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