sábado, 1 de fevereiro de 2014

"Se tens um coração de ferro, bom proveito, o meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia."






              "Eu sinto o maior medo e a maior tristeza que já senti em toda a minha vida. 
Eu não tenho nada, além de mim. E mim, coitada, é bem maluca."

(Tati Bernardi)


É, aquele enorme e profundo balde de água fria se transformou num esguicho tão agressivo, que não sei até agora medir a força que teve ao tocar meu rosto. E talvez eu esteja começando a não sentir tanto este frio. Talvez até, possa ter tomado conta daquilo que eu quis ser e daquilo que eu achei que pudesse ter me transformado. E mudei. É difícil passar para o papel o que eu sinto aqui dentro, mas tenho tentado. Este último ano foi difícil, cheio de mudanças, repletas de tornados e vulcões, acho eu. Quando a gente se doa demais, se preocupa demais, se expõe demais, tem um momento em que a gente se dói também. Cansa, falta forças, quase falta fé, quase. Confio em um Deus maravilhoso que não me abandona, não me deixa de lado e me segura no colo quando o mundo ameaça me machucar. Acredite, quando se tem fé em algo, muita fé, você continua caindo, mas você se levanta, muitas vezes, se torna mais duro e amargo talvez, mas continua a andar de cabeça erguida. O dia foi nublado hoje, choveu um tantão aqui dentro e nada lá fora. Começo a lembrar da família doente, a perceber a solidão, ao cair a ficha e ver essa constante mudança da vida, a perceber que não sou nada além de fé e força (que no momento não tenho). O dia foi difícil e quero me desejar coisas positivas, quero me desejar dias melhores. Desejo um lindo um ano para mim e para as pessoas que amo, diferente de todos os anos passados, desejo que agora nós possamos conseguir lidar com as perdas, com os vai-e-vem dessa vida e com as voltas que o mundo dá. Desejo muita fé e força para conseguir passar por tudo isso que tenho passado e não tem sido nadinha fácil. Desejo coisas boas, bons livros, boas notas na faculdade, altas gargalhadas, amigos e família ao meu lado. Deseje-me também.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."




“Andei pensando coisas. O que é raro, dirão os irônicos. Ou “o que foi?” – perguntariam os complacentes. Para estes últimos, quem sabe, escrevo. E repito: andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro(a) - mas a morte é inevitável, portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor – essa pessoa – continua vivo(a), há então uma morte anormal."


(Caio Fernando Abreu)


Cá estou eu novamente, depois de quase um ano, para tentar colocar para fora tudo o que tenho sentido. Sempre me dei melhor na escrita, sempre consegui me expressar melhor, ou pelo menos é o que eu acho.
É passível de compreensão errar, eu erro, erro sempre, erro toda hora. Mas erro porque sou humana, carne e osso e sangue em todo o corpo. Não erro porque quero e nem porque sinto orgulho disso, mas é da nossa natureza medíocre, errar, aprender a acertar e dar a volta por cima. Falando assim, até parece que é tudo muito lindo e fácil né? Não, é difícil, pra ca-ce-te. Mas tentar superar o erro, é se dar uma chance de ser feliz. E tenho tentado. Nessa vida a gente acaba tendo que amadurecer com quem a gente mais conhece e convive, mas nessa de errar e acertar, a gente acaba machucando feio quem a gente ama. E a gente se dói inteiro, porque se sofre pela outra pessoa e por si mesmo. Ah, incrível como vezenquando o ser humano consegue ser muito idiota e eu fui.
Eu ando pelo mundo consumindo emoções, tenho sempre sido os extremos de tudo, tenho sempre sido intensa, porque sei do valor de cada pessoa e cada coisa em minha vida e quero aproveitar cada segundo como se fosse o último. E sempre é. Não sabemos se temos mais o daqui há dois minutos, nem o daqui há um segundo. A vida corre e foge de nós. Aprendi isso ao longo dos meus quase 20 anos, que se entregar e acreditar naquilo que faz nosso coração bater forte e nos dar coragem de encarar a vida, nos fortalece e nos faz ser inteiros. Pois o amor é isso, se completar, para ser feliz. 
Eu pego o coração de quem amo no colo, cuido e tento de tudo para faze-lo feliz. E cuidaria mais, se a vida permitisse. Mas enquanto ela não permite totalmente, pinto meu quadro, bem assim, do meu jeito davinciano e o faço ser bonito, para ser posto em prática nessa vida maluca. Para se conviver, é necessário além da felicidade, abraçar problemas, dores e dificuldades diárias. E é difícil, não é fácil entender a dor do outro, compreender o que o outro passa, mas a gente tenta, a gente divide tudo e se ajuda. Amar é isso, ter em nós, não só a parte boa e amável, mas a parte difícil e o mundo inteiro da outra pessoa. E que quando se entra em outro mundo que não é o nosso, acabamos fazendo parte desse mundo e ele acaba sendo nosso, sendo grande parte de nós também. E sabe, esse meu jeito romântico e clichê, sempre vai acreditar e ter fé que apesar de tudo, o amor sempre vence, pois é forte e verdadeiro. E é isso. Deus conhece meu coração e o quanto tudo me dói nesse último mês e Ele sabe o quanto amo e amo muito, mas infelizmente, erro. Desculpas não apagam o que já se passou, eu sei. Mas também sei, que é a melhor forma de se mostrar o quanto damos valor a alguém e o quanto somos humildes ao ponto de admitirmos nossos erros e tentar corrigi-los. Espero que a vida e o tempo cure toda e qualquer mágoa, pois passar pela vida, sem viver o nosso amor, seria difícil demais. Sei que não está fácil para nenhum de nós e sei mesmo, mas não vamos permitir que tudo acabe e que toda a parte bonita vire apenas boas lembranças.
E nessa de tentar escrever para desabafar tudo, sempre falta algo né? Isso que fica sem nexo e foge das entrelinhas é essa dor que o corpo da gente inteiro sente e que não consegue ser transcrita. Mas eu tentei.

Da sua, sempre chata, mas sua.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

"Eis que começo a voltar. Não de uma galáxia distante. De outro planeta. Sequer de uma cidade, ou um parque. De mim."




Alguns escritores expressam cada lágrima e gota de sangue da sua dor, eu não, eu consigo falar facilmente de saudades, vontades, desejos. Da dor, não. A dor para mim é uma forma de bloqueio das palavras mais profundas e das mais simples que o meu eu tenta e não consegue traduzir. E algumas coisas pessoais, problemas familiares e esse fato louco de morar sozinha, mecheram muito com minha cabecinha e eu acabei que ficando sem inspiração alguma para escrever. Mas minha inspiração voltou, o amor pela vida e por tudo o que eu tenho me fazem sentir vontade de registrar cada momento e de vivê-los como se fossem o último. Minha ausência não foi (somente) por conta de problemas, mas de imprevistos, de mudanças e de preguiça mesmo (sério). Me acostumei a morar sozinha - é isso mesmo - acho que pela falta de tempo de me sentir tão sozinha, afinal depois de um dia cansativo de trabalho a gente só quer conversar com as pessoas queridas e descansar, não é mesmo? Áh não tinha falado sobre meu trabalho né? Isso, estou trabalhando, vivendo minha vida adulta e me conhecendo a cada dia como profissional e confesso, apesar de alguns dias serem ótimos e estimular e alguns mais difíceis que os outros, eu estou amando essa nova experiência. O coração? Está apertadinho de saudades e batendo forte de ansiedade e bem feliz. A faculdade? Microbiologia, Farmacologia, Imunologia, e todas as logias, estão pirando minha cabeça, mas nada que um calmante não resolva, rs. A saudade da família? A mesma de sempre né. As amizades? Fiz muitas nesses últimos meses, e continuo com as minhas de muito tempo que são verdadeiras e nem a distância destrói, graças a Deus. Pensei em deixar meu cantinho de lado, de verdade, porém me veio a memória que vezenquando quando a solidão gritava aqui dentro, era aqui que eu despejava tudo e me aliviava. E só porque agora sou uma pessoa ocupada, responsável e trabalho (encho minha boca pra falar disso haha) não posso abandonar aqui não é mesmo? Não resisto, afinal, é escrevendo que consigo expor de forma neutra as minhas doses diárias dos meus eufemismos e minhas hipérboles. É, voltei.

sábado, 7 de julho de 2012

Minha querida Tati Bernardi, sempre falando por mim!






"Imagine que tenho uma mala muito pesada com um milhão de moedas de ouro. As alças ficam penduradas no meu pescoço, me forçando a cabeça pra baixo, retesando os músculos do olhar pra frente.
Vez ou outra, uma pessoa da rua passa e tenta me roubar. Mas, por mais que esteja tão pesado e doendo e estragando a minha coluna, luto até a morte pra proteger a tal da mala. Automaticamente me atiro contra o chão, como se protegesse um filho das balas. São terríveis esses quilos centralizados no ponto mais fraco do meu corpo, mas pra violência a gente não entrega nem os fardos.
Dai, também, às vezes, uma pessoa da rua se oferece pra carregar a mala pra mim. Ou pra guardar em sua casa. Ou pra dividir o peso ao estilo “uma mão em cada alça”. Também não consigo entregar meu arqueamento e tamanho para essas pessoas. O amor gentil nunca me conquistou. Gentileza é coisa pra quem nunca será íntimo. Solidariedade é coisa pra campanha política. Felicidade é pra quem se conforma em ficar num lugar só porque está bom.
Mas muito de vez em quando, como aconteceu com a gente, aparece uma pessoa que não me pede nada e pra quem eu tenho vontade de entregar cada moeda da minha mala com um milhão de moedas de ouro. Tome, leve, gaste, use, encha a sua banheira com elas e depois me mande uma foto."

domingo, 25 de março de 2012

Happy Birthday chubby!


Eu, que como a Tati Bernardi, não sei amar sem ter doze anos, cá estou eu, escrevendo esse textinho piegas e deixando marcado um dia tão importante para uma pessoa que para mim é mais importante ainda! O seu aniversário meu gordinho. É lindo saber que por mais difícil que sejam as coisas, nós temos passamos por grandes etapas juntos que para outras pessoas podem ser bobeira, mas para mim é especial, etapas como o meu aniversário, o natal, o réveillon, o dia de reis, o dia da comida, o dia sei lá que de mais, todos esses dias que tem datas marcadas, passamos juntos. E hoje é o seu dia! Sei que é neurótico e fica todo chatinho quando te chamo de velho, mas, que velho que nada, você - assim como eu - está só começando a vida e mais uma vez tenho que te lembrar, que você é esforçado e vai conseguir tudo o que quiser! Tenha fé e acredite. E eu espero estar com você em todos esses momentos, conquistas e sonhos realizados, porque te ver feliz, me faz feliz! Porque é assim que acontece, é como se às vezes eu sentisse que somos um só, porque eu sofro se você sofre, fico feliz se você fica e vice versa. Mas enfim, quero te desejar muita felicidade nesses seus vinte anos e na sua vida toda, desejar que você não desista do que quer só por conta dos obstáculos, porque tudo o que vem difícil apesar de toda a dificuldade de antes, depois te faz feliz umas mil vezes mais. Desejar muita saúde para que você tenha disposição de correr atrás do que quer, desejar dinheiro, amor e muitas alegrias. Que Deus te abençoe e te guarde! Queria te dar um abraço bem enorme hoje, mas não posso, então sinta-se abraçado e beijado por mim. Pagagadodo. ♥