quinta-feira, 22 de agosto de 2013

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."




“Andei pensando coisas. O que é raro, dirão os irônicos. Ou “o que foi?” – perguntariam os complacentes. Para estes últimos, quem sabe, escrevo. E repito: andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro(a) - mas a morte é inevitável, portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor – essa pessoa – continua vivo(a), há então uma morte anormal."


(Caio Fernando Abreu)


Cá estou eu novamente, depois de quase um ano, para tentar colocar para fora tudo o que tenho sentido. Sempre me dei melhor na escrita, sempre consegui me expressar melhor, ou pelo menos é o que eu acho.
É passível de compreensão errar, eu erro, erro sempre, erro toda hora. Mas erro porque sou humana, carne e osso e sangue em todo o corpo. Não erro porque quero e nem porque sinto orgulho disso, mas é da nossa natureza medíocre, errar, aprender a acertar e dar a volta por cima. Falando assim, até parece que é tudo muito lindo e fácil né? Não, é difícil, pra ca-ce-te. Mas tentar superar o erro, é se dar uma chance de ser feliz. E tenho tentado. Nessa vida a gente acaba tendo que amadurecer com quem a gente mais conhece e convive, mas nessa de errar e acertar, a gente acaba machucando feio quem a gente ama. E a gente se dói inteiro, porque se sofre pela outra pessoa e por si mesmo. Ah, incrível como vezenquando o ser humano consegue ser muito idiota e eu fui.
Eu ando pelo mundo consumindo emoções, tenho sempre sido os extremos de tudo, tenho sempre sido intensa, porque sei do valor de cada pessoa e cada coisa em minha vida e quero aproveitar cada segundo como se fosse o último. E sempre é. Não sabemos se temos mais o daqui há dois minutos, nem o daqui há um segundo. A vida corre e foge de nós. Aprendi isso ao longo dos meus quase 20 anos, que se entregar e acreditar naquilo que faz nosso coração bater forte e nos dar coragem de encarar a vida, nos fortalece e nos faz ser inteiros. Pois o amor é isso, se completar, para ser feliz. 
Eu pego o coração de quem amo no colo, cuido e tento de tudo para faze-lo feliz. E cuidaria mais, se a vida permitisse. Mas enquanto ela não permite totalmente, pinto meu quadro, bem assim, do meu jeito davinciano e o faço ser bonito, para ser posto em prática nessa vida maluca. Para se conviver, é necessário além da felicidade, abraçar problemas, dores e dificuldades diárias. E é difícil, não é fácil entender a dor do outro, compreender o que o outro passa, mas a gente tenta, a gente divide tudo e se ajuda. Amar é isso, ter em nós, não só a parte boa e amável, mas a parte difícil e o mundo inteiro da outra pessoa. E que quando se entra em outro mundo que não é o nosso, acabamos fazendo parte desse mundo e ele acaba sendo nosso, sendo grande parte de nós também. E sabe, esse meu jeito romântico e clichê, sempre vai acreditar e ter fé que apesar de tudo, o amor sempre vence, pois é forte e verdadeiro. E é isso. Deus conhece meu coração e o quanto tudo me dói nesse último mês e Ele sabe o quanto amo e amo muito, mas infelizmente, erro. Desculpas não apagam o que já se passou, eu sei. Mas também sei, que é a melhor forma de se mostrar o quanto damos valor a alguém e o quanto somos humildes ao ponto de admitirmos nossos erros e tentar corrigi-los. Espero que a vida e o tempo cure toda e qualquer mágoa, pois passar pela vida, sem viver o nosso amor, seria difícil demais. Sei que não está fácil para nenhum de nós e sei mesmo, mas não vamos permitir que tudo acabe e que toda a parte bonita vire apenas boas lembranças.
E nessa de tentar escrever para desabafar tudo, sempre falta algo né? Isso que fica sem nexo e foge das entrelinhas é essa dor que o corpo da gente inteiro sente e que não consegue ser transcrita. Mas eu tentei.

Da sua, sempre chata, mas sua.

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